terça-feira, 4 de agosto de 2009

Hoje eu acordei insensívelmente sensíbilizada.

A minha felicidade era aquela, quase completa, mas ainda lhe faltava; porém eu sabia que ela estava ali.
Eu sabia o que faltava para completá-la, ou achava que sabia, mas se na verdade eu sabia, eu não sabia era de nada.
Era aquela felicidade de alguns sorrisos rasos, felicidade subjetiva, felicidade dos momentos e não do coração.
E num instante, essa felicidade, que era singela e eu nem sabia, se esvai.
E surge a névoa branca tomando conta e expulsando o calor que eu sentia, dando lugar a arrepios tortuosos que não eram nada comparados ao que ali havia ficado.
Ocorreu-me uma tristeza, uma tristeza tão humilde, que deveras não havia de ser percebida por mais ninguém.
Foi quando eu pensei,
Talvez não percebam na falsidade do sorriso, a sinceridade de uma tristeza por trás deste escondido.

E eu sorri. E fui retribuída.

5 comentários:

  1. Que lindo esse texto.
    Pode ser uma boa mensagem para outras pessoas.

    xD

    ResponderExcluir
  2. Teu belo texto, lembrou-me de Ernesto Sábato no livro Sobre heróis e tumbas, quando ele fala em "Uma careta de riso".

    ResponderExcluir
  3. "Talvez não percebam na falsidade do sorriso, a sinceridade de uma tristeza por trás deste escondido."
    Que lindo.

    ResponderExcluir
  4. queria ter um décimo da sua inteligência.

    ResponderExcluir
  5. a felicidade é relativa...
    ela está onde queremos que ela esteja...
    em um sorriso..
    ou somente em nossa cabeça...

    ResponderExcluir